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Blog da Boitempo

Por Rodrigo Nunes.

Paula Pinheiro Ramos Pessoa Guerra, funcionária pública, espancada num bar em Recife. Julyanna Barbosa, cantora, mulher trans, agredida com uma barra de ferro em Duque de Caxias. Lenilson Bezerra, 24 anos, atacado por dez homens em Teresina. Moa do Katendê, 63 anos, esfaqueado num bar em Salvador. São mais de 50 casos desde o primeiro turno das eleições – tanto que um blog foi criado para coletar estes relatos.

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Blog da Boitempo

No contexto do dossiê especial dedicado às eleições de 2018, o Blog da Boitempo recupera um artigo fundamental do filósofo alemão Theodor Adorno. O texto não é curto e nosso tempo é escasso, mas a editoria deste Blog recomenda vivamente sua leitura. Ele vira do avesso muitas percepções comuns acerca da adesão ao autoritarismo e fornece um importante inventário dos dispositivos mobilizados pelos demagogos fascistas para levar a cabo a façanha da “abolição da democracia mediante o apoio de massa contra o princípio democrático”.

Datado de 1951, o texto dá continuidade à pesquisa sobre a personalidade autoritária publicada no ano anterior em conjunto com Else Frenkel-Brunswik, Daniel Levinson e Nevitt Sanford. Nele, Adorno demonstra como a teoria de Sigmund Freud sobre a psicologia das massas desenvolvida em 1921 antecipou de maneira impressionante as dinâmicas pulsionais envolvidas na ascensão de Hitler; e indica como ela pode ser usada para compreender o fenômeno…

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blog da Revista Espaço Acadêmico

LUIZ BERNARDO PERICÁS*

Pioneira
do feminismo socialista, Eleanor Marx, segundo sua biógrafa Rachel Holmes,
“mudou o mundo”. Nascida em 1855, em um pequeno e apertado apartamento de dois
quartos no Soho, Londres, Tussy (como ficou conhecida), a filha favorita do
autor de O capital, desempenhou um
papel político de suma importância ao longo de seus 43 anos. A vida dessa escritora
revolucionária foi, nas palavras de Holmes, nada menos que “um dos mais significativos
e interessantes eventos na evolução da social democracia na Grã-Bretanha
vitoriana”. Afinal, entre suas múltiplas atividades, traduziu Madame Bovary, de Flaubert e trabalhos
de Plekhanov, Liebknecht e Lissagaray (com quem teve um caso amoroso); foi uma
das primeiras e mais enérgicas militantes sindicalistas da época; uma das introdutoras
do ibsenismo na ilha (verteu para o inglês algumas obras do dramaturgo
norueguês); lutou pela igualdade de gênero; começou a escrever a primeira
biografia de seu…

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Leonardo Boff

      COMÍCIO PELA DEMOCRACIA 23/10/18 -CINELANDIA – Rio de Janeiro

 Minhas palavras serão breves. Cito duas frases, uma de Gandhi que é o Betinho da Índia e outra do Betinho que é o Gandhi do Brasil.

Diz Gandhi, o Betinho da Índia: “a política é um gesto amoroso para com o povo; é o cuidado do bem de todos”.

“Entrei na política POR AMOR à vida dos fracos; morei com os pobres, recebi párias como hóspedes, lutei para que tivessem direitos políticos iguais aos nossos, DESAFIEI reis, esqueci-me das vezes que estive preso”.

Diz Betinho, o Gandhi do Brasil:

De sua boca ouvimos e de seu exemplo aprendemos “que a crise central não está na economia política da exclusão, nem na corrupção da política, nem na derrocada moral da humanidade e do Brasil”.

“A CRISE FUNDAMENTAL RESIDE NA FALTA DE SENSIBILIDADE DOS HUMANOS PARA COM OUTROS SERES HUMANOS”.

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“Transcendam o digital. Esta eleição, por incrível que pareça, tem o ódio como modus operandi, mas vai ser definida pelo amor. O amor nos faz lutar como feras e, por medo de ver ferimentos em quem amamos, tomamos medidas desesperadas. Converse. Respeite. Busque ver pelos olhos alheios. Falei pra caraio. Eu só queria dizer que o Brasil é mais complexo do que ambos os extremos do campo politico conseguem perceber. Eu vou de Haddad 13, por que não há um futuro positivo que não comece por uma escola. O momento é de educação. Obrigado pela atenção de sempre rapa!”

Blog da Boitempo

Por Emicida.

Aos progressistas/democratas que, assim como eu, têm preocupação com o destino da maioria do país. Visão memo, no limite da humildade, idéia de progresso, sai na rua e vai falar com as pessoas. Menos vaidade acadêmica e hashtag da moda e mais empatia real com o desespero alheio.

A vitória de Trump nos EUA, era anunciada semanas antes, justamente por que seus antagonistas ficaram confortáveis em suas bolhas analisando a população como objeto de pesquisa e não como seres humanos com medos reais e esperanças ameaçadas, por um tempo bastante dicicil. Existe uma pseudo-militância progressista bastante vaidosa e barulhenta, que tem uma visão problemática, burguesa, distante e bem perigosa a respeito de quem não frequenta os mesmos ambientes que eles, em geral ambientes acadêmicos.

Por isso, digo no limite da humildade, saiam na rua e conversem com as pessoas com respeito e empatia real, não como senhores da…

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Eu também, meu caro, eu também…

“Tenho uma antipatia profunda, antiga, por quem carrega uma arma no bolso. A partir desse sintoma – pequeno, por fim, embora tão chamativo – pode-se reconstruir uma pessoa inteira, com todos os seus sentimentos. Poder-se-á reencontrar, no fundo dessa mania de andar armado, algumas justificações infantis, talvez: não pode nascer do nada a ideia de que os outros são perigosos, inimigos, desprezíveis, e que, portanto, é necessário munir-se de antemão secretamente contra as intenções dos outros. A nossa sociedade tem ainda facetas selvagens, é claro: lugares onde reina o terror. Lugares onde um menino que cresceu mal se sente como em uma selva, e por isso se arma, como em uma selva.”

Blog da Boitempo

Por Pier Paolo Pasolini.

No contexto do dossiê especial dedicado às Eleições de 2018, o Blog da Boitempo recupera este artigo escrito pelo intelectual e cineasta italiano Pier Paolo Pasolini. Publicado originalmente no jornal Paese Sera no dia 14 de março de 1962, com o título “Detesto chi gira con la pistola in tasca”, sua atualidade para o atual contexto brasileiro fala por si só. A editoria do Blog agradece a sugestão de publicação dada por Felipe Catalani, que também se encarregou da tradução do texto direto do italiano.

Boa leitura.

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Tenho uma antipatia profunda, antiga, por quem carrega uma arma no bolso. A partir desse sintoma – pequeno, por fim, embora tão chamativo – pode-se reconstruir uma pessoa inteira, com todos os seus sentimentos. Poder-se-á reencontrar, no fundo dessa mania de andar armado, algumas justificações infantis, talvez: não pode nascer do nada a ideia de…

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{outubro 18, 2018}   A igualdade, base da democracia

“Na raiz da democracia está a primazia da igualdade, o que implica combate aos privilégios”

Leonardo Boff

MANFREDO  DE  OLVEIRA,  da Universidade Federal de Fortaleza, é uma de nossas melhores cabeças filosóficas. Formado em Roma e em Munique possui um vasto cabedal de conhecimentos filosóficos,teológicos e especialmente éticos. Sua produção combina ética com política e com a democracia. Publicamos aqui este texto sobre a democracia, pois vivemos tempos sombrios em que ela está sendo explicitamente ameaçada por quem tem um espírito fascista, por sua natureza autoritário e anti-democrático. A atual eleição é antes de tudo uma escolha entre a democracia e o autoritarismo e a barbárie nele implícita. Só combater a corrupção que atravessa praticamente todos os partidos e seletivamente atribuí-la ao PT é um alibi  para tirar de foco a questão principal: a democracia ou o fascismo. Queremos aprofundar a democracia. Esse texto, por todos compreensível, ajudará a conhecer melhor esse valor universal, tão universal quanto os direitos humanos.  LBoff

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Na raiz da…

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{outubro 17, 2018}   Um canalha à porta do Planalto

“O que é um canalha em estado puro? É alguém que contraria qualquer tipo de critério moral e se coloca num plano comportamental pré ou anticivilizacional. Quem elogia o torturador de uma jovem mulher absolutamente indefesa atribui-se a si próprio um estatuto praticamente sub-humano. Bolsonaro é dessa estirpe, desse rol de gente que leva à interrogação sobre o que subsiste de humano no homem que literalmente se desumaniza. Theodore Adorno levou essa questão até ao limite do pensável, quando formulou a sua célebre afirmação: “escrever um poema depois de Auschwitz é um acto bárbaro e isso corrói até mesmo o conhecimento de porque se tornou impossível escrever poemas”. E, contudo, a poesia sobreviveu. O Homem resiste ao que de desumanizador ele inscreve na história. Isso não é razão para renunciar à denúncia da barbárie.”

blog da Revista Espaço Acadêmico

FRANCISCO
ASSIS*

Equiparar Haddad a Bolsonaro constitui um acto moral e politicamente inqualificável. Quem o faz torna-se cúmplice de Bolsonaro.

1. Carlos Alberto Brilhante Ustra
foi um dos maiores, senão mesmo o maior torcionário, no tempo da ditadura
militar que vigorou no Brasil entre 1964 e 1985. Em 2008 foi o primeiro oficial
condenado por sequestro e tortura. Comprovadamente, maltratou física e
psicologicamente centenas de pessoas e chegou ao limite de obrigar crianças a
presenciarem o dilacerante espectáculo do espancamento dos respectivos
progenitores. Nunca reconheceu os seus crimes nem manifestou o mais leve
arrependimento pelos seus actos desumanos. Era um canalha. Morreu em 2015, em
Brasília, na cama de um hospital.

Foi precisamente este torcionário
miserável que o então deputado federal Jair Bolsonaro homenageou no momento em
que votou a favor do impeachment da Presidente Dilma Rousseff. Nessa ocasião,
Bolsonaro pronunciou uma declaração que o define integralmente: dedicou o…

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Esta lição possui, no contexto atual do Brasil, atravessado por ódios e raivas vicerais, estrema atualidade. Ela representaria a única cura verdadeiramente eficaz.
Como Betinho nos faz falta nos dias de hoje! Com imensa saudade.
Leonardo Boff é filósofo, eco-teólogo e escritor

Leonardo Boff

Reina muita violência, raiva e ódio em nosso país por causa das eleições do segundo turno. O que nos escandaliza e vai contra a Constituição que afirma ser o Estado laico (não oficializa nenhuma religião nem pode ser usada partidariamente) são igrejas neo-pentecostais e algumas evangélicas, como explicitamente a Universal e seu líder que se transformaram em centros de fake news, verdadeira máquina de produção de calúnias e falsidades contra o candidato Haddad até afirmando, semelhante ao estado totalitário comunista “a criança depois de 5 anos passa pertencer não mais aos pais mas ao Estado”. Quem pode imaginar semelhante absurdo de uma pessoa que vive em harmonia com sua família? Além de mentiras e calúnias suscitam o ódio.

Aqui não vale outro argumento que é o da Bíblia que eles pelo menos reconhecem, embora traiam seus preceitos.

A grande mensagem de Jesus é o amor incondicional até para com o…

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Frei Betto: O ódio é um veneno que você toma esperando que o outro morra. De que vale uma escola ou uma educação que ignora os temas fundamentais da vida, como amor, solidariedade, altruísmo, perda, fracasso, doença e morte?

Leonardo Boff

Frei Betto além de religioso,comprometido com a libertação dos  oprimidos pela via da educação humanística e ética tipo Paulo Freire é um grande pedagogo e educador popular, pois vive transitando nesse meio.Acaba de publicar um livro Por uma educação crítica e participativa no qual resume as pautas principais de uma educação contemporânea que incorpora de forma crítica os novos meios de comunicação  e de conhecimento. Vale a pena ler esta entrevista esclarecedora contra distorções sobre gênero, sobre escola sem partido e outras. Lboff

ENTREVISTA DE FREI BETTO AO “O GLOBO” SOBRE SEU NOVO LIVRO, “POR UMA EDUCAÇÃO CRÍTICA E PARTICIPATIVA” (Anfiteatro/Rocco). Publicada no jornal carioca nesta sexta, 12 de outubro de 2018.

1.O senhor tem grande experiência em educação, tanto como teórico como junto a projetos pedagógicos populares, e em “Por uma educação crítica e participativa” o senhor aborda desafios contemporâneos da área. O senhor acredita que, além das…

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et cetera